sexta-feira, 22 de julho de 2011

sobre mim


Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.


caio fernando abreu

sábado, 9 de julho de 2011



Imagine sua vida sem mim. É melhor assim?

Nova idade



Novas anotações. Novas metas. Novos sorrisos. Novas ganas de querer mais, de querer menos. Sonhos novos. Viagens novas para longe, para perto, para dentro de si. Novos livros, mesmas capas. Novos horários. Novo ano, nova idade. Cabelo novo, tênis velho e a mesma pessoa. Nova pessoa, nova incoerência. Novo texto, novo. Olhares de um novo amor. Abraços velhos que se tornam novos sentimentos. Velhas lembranças, novas lágrimas. Velha caneta, novo papel. Novas fotos, velhas amizades. Nova saudade. Que novidade!

renata m. borges