sábado, 30 de abril de 2011


Aquela foi pior decisão que eu poderia ter tomado quem imaginaria que uma simples balada causaria todo aquele transtorno. A velha e mesma balada de toda sexta, mas nessa sexta tinha algo diferente logo na entrada já houve um pequeno aviso que foi despercebido e depois uma simples ia ao bar – o tão desejado bar, que sempre tira minhas angustias – deixou tudo às claras e passou a ser meu pior pesadelo. Naquele momento tudo passou – não tive vontade de beber nem de ficar naquele lugar – a única coisa que eu realmente queria era ir para casa, deitar na minha cama e abraçar meu travesseiro, mas não podia tive que me manter forte o bastante para sorrir para as pessoas.
Foi quando as 05h15min a tão esperada volta para casa foi anunciada, era um misto de alivio e saudade – alivio por não mais ter que ver as pessoas e uma saudade por saber não mais as veria – porém com a chegada em casa chegaram também milhões de atitudes erradas, nunca se deve deixar um celular com 40,00 de bônus nas mãos de alguém esta com raiva e saudade, foi então que começou a missão suicida com tanques lotados de sentimentos sendo despejados em mensagens mandadas compulsivamente e um pequeno armamento chamado “ligação para ouvir sua voz”, sim esse armamento foi o golpe fatal para acabar com uma noite que teria tudo para ser ótima, foi então que tomei a mais sensata decisão: DORMIR, achei que seria fácil fechar os olhos e esquecer todas aquelas cenas, mas não essas cenas repetem-se em meus sonhos até hoje. Quando eu tento esquece-las, pensam nas cenas de quando – nessa mesma balada – eu fui surpreendida por beijos e abraços de agradecimento e que hoje parecem ter sido esquecidos pela pessoa que sempre mereceu meu esforço e minha admiração, pois eu sei que as horas que eu perdi fazendo uma simples divulgação na internet renderam muitos sorrisos não só em mim, mas também naquela pessoa, que agora – nesse momento – não está merecendo nada daquilo que um dia me dispus a oferecer e que daqui em diante não será lembrada com a mesma admiração de tantos anos, mas sim com uma pequena tristeza por saber que toda aquela admiração tornou-se invalida, pois nada daquilo que um dia foi admirado era verdadeiro.

(Laiale Jundi)

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Desculpa, não acredito na ideia de 'CADA UM TEM SEU VALOR NO MUNDO'. Ninguém tem valor para o mundo e sim, para algumas pessoas. Eu no entanto, nem isso. Precipitação? Tudo que eu toco quebra. Tudo que eu sonho, fica cada vez mais longe. O que eu tento acaba antes que eu possa me aproximar. NADA, NADA que eu faça tem valor. Só para mim; mas o mundo não é feito só de ti, Renata. Aprende. Se o mundo pode ser egoísta, deixa eu ser também.


renata m. borges

domingo, 3 de abril de 2011

minha verdade


Sou tão indiferente que às vezes me torno grosseira. Sou anti-romantismos. Não me apaixono com flores numa manhã de quarta-feira. Jantar a luz de velas só é interessante se não houver jantar. Me chamar de apelidinhos terminados por 'inha' só se for o diminutivo do meu nome. Sou insensível. Me dá ataque de risos alguns filmes românticos. Meu sonho não é casar com 25 anos, ter dois filhos lindos com 30 e, aos 35, estar indo dormir as vinte horas por estar exausta. Amo o descompromisso, me parece mais sincero (é mais sincero, na verdade). Pessoas que não ficam se lamentando por decepções amorosas ou fazem dessas boas piadas tenho vontade de virar amiga em dois segundos para rir das minhas também. Eu gosto do simples: um sms dizendo que lembrou de mim quando passou em frente a uma garrafa de vodka, uma visitinha num domingo de gre-nal, rir das minhas idiotices, me dar atenção máxima (sou possessiva), fazer com que eu me sinta segura; ISSO ME FAZ APAIXONAR, me deixa sensível! Na verdade, sou um homem homossexual, sem pênis.

renata m. borges