domingo, 3 de abril de 2011

minha verdade


Sou tão indiferente que às vezes me torno grosseira. Sou anti-romantismos. Não me apaixono com flores numa manhã de quarta-feira. Jantar a luz de velas só é interessante se não houver jantar. Me chamar de apelidinhos terminados por 'inha' só se for o diminutivo do meu nome. Sou insensível. Me dá ataque de risos alguns filmes românticos. Meu sonho não é casar com 25 anos, ter dois filhos lindos com 30 e, aos 35, estar indo dormir as vinte horas por estar exausta. Amo o descompromisso, me parece mais sincero (é mais sincero, na verdade). Pessoas que não ficam se lamentando por decepções amorosas ou fazem dessas boas piadas tenho vontade de virar amiga em dois segundos para rir das minhas também. Eu gosto do simples: um sms dizendo que lembrou de mim quando passou em frente a uma garrafa de vodka, uma visitinha num domingo de gre-nal, rir das minhas idiotices, me dar atenção máxima (sou possessiva), fazer com que eu me sinta segura; ISSO ME FAZ APAIXONAR, me deixa sensível! Na verdade, sou um homem homossexual, sem pênis.

renata m. borges

Um comentário:

  1. "Eu gosto do simples: um sms dizendo que lembrou de mim quando passou em frente a uma garrafa de vodka" é bem tu mesmo!

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